Augusto Dutra da Silva de Oliveira (Pinheiros) torce para poder cumprir o planejamento feito para os Jogos Olímpicos de Tóquio-2021 para a prova do salto com vara. No ano passado, retornando de uma cirurgia, gostou do adiamento da Olimpíada por causa da pandemia, mas agora aposta todas as sua fichas na melhor preparação possível para o maior evento esportivo do planeta, que será realizado de 23 de julho a 8 de agosto.
Este ano, ele já teve de abrir mão da temporada em pista coberta na Europa, mas espera treinar e competir normalmente nas provas ao ar livre. “A pandemia tem dificultado muito as coisas. A princípio ia competir no indoor, mas aí pensando nos problemas enfrentados em aeroportos, ainda mais com a necessidade de transportar as varas, decidi evitar dor de cabeça e continuar treinando no Pinheiros”, disse o atleta paulista, de 30 anos, que obteve o índice olímpico no dia 24 de agosto de 2019 ao saltar 5,80 m em Paris (FRA).
Pelos planos feitos em conjunto com o técnico Henrique Camargo Martins a estreia na temporada está prevista para o dia 28 de março, no Grande Prêmio de Atletismo da Argentina, em Buenos Aires.
Após perder uma semana por causa de uma lesão na panturrilha esquerda e dores nas costas, superadas com musculação e o tratamento feito pelo fisioterapeuta Marcos Vitullo, Augusto voltou às atividades normais. “Já estou aumentando a altura do sarrafo, mudando as varas para saltar mais alto”, comentou o atleta nascido em Marília, que tem 5,82 m como recorde pessoal – a segunda melhor marca da América do Sul, atrás apenas dos 6,03 m de Thiago Braz. “O objetivo é começar fazendo 5,70 m ou 5,80 m. Acho que a meta é totalmente possível.”
Vice-campeão no Troféu Brasil Caixa de Atletismo, disputado em dezembro, no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa (COTP), em São Paulo, ele participou do Camping Nacional de Treinamento de Provas Individuais, realizado pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB), de 16 a 19 de fevereiro, no Centro Nacional de Desenvolvimento do Atletismo, em Bragança Paulista (SP).
“O camping é essencial para todos os atletas. Fiz todos os testes e avaliações do Laboratório Olímpico. Esse acompanhamento é muito importante. As análises por fotocélulas do tamanho das passadas, por exemplo, são detalhadas e isso pode fazer a diferença”, observou o campeão sul-americano em Lima-2019 e o ganhador da medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Lima, também realizados em 2019.
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Imagem: Divulgação – CBAt
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