BLEAK HOUSE
Bleak House romance de Charles Dickens é uma história inspirada em casos reais, mais concretamente a disputa de um testamento.
Durante o livro acompanhamos a vida da jovem Esther Summerson, dos seus dois companheiros (visados na disputa do testamento) Richard Carstone e Ada Clare, e do guardião dos três (também ele um visado no testamento) e proprietário da casa que dá o título à obra, o senhor John Jarndyce.
O enredo em si é nos contado de uma forma muito episódica, sem haver bem um fio condutor entre os acontecimentos, ou pelo menos assim somos levados a crer durante grande parte do livro. As únicas constantes são mesmo as personagens principais e a disputa do testamento, disputa essa que já viu correr rios de dinheiro, sangue e miséria.
Durante a narrativa somos levados a ver o dia-a-dia da jovem Esther e as suas interacções com as diferentes personagens que vai conhecendo e que a acompanham até às últimas páginas da obra.
Como é natural em obras deste período, muita da acção ocorre quando a personagem principal recebe ou vai visitar as pessoas que conhece ou quando sai em passeio ou de viagem para respirar o ar puro do campo.
Contudo, devido à forma episódica da história, há episódios para todos os gostos. Quem gosta de relatos do dia-a-dia da época vitoriana, quem gosta de sátiras e críticas à sociedade, quem não dispensa um bom mistério ou uma história de detectives, quem suspira por histórias de amor impossíveis e quem é atraído por melodramas, não ficará desapontado.
Há um bocado de tudo, trazido até nós pela escrita hábil do mestre inglês.
Recuso-me a fazer um resumo da história. É muito difícil resumir a acção principal e todos os enredos secundários que povoam estas páginas.
Deixem-me só dizer-vos que o enredo principal compreende: um mistério sobre as origens da personagem principal, um escândalo, um advogado implacável, segredos e conspirações, um assassinato e, como não podia deixar de ser, a imbatível disputa do testamento.