Depois de dez anos, a NBA voltou a se pintar de roxo e dourado com a vitória do Los Angeles Lakers sobre o Miami Heat, neste domingo, por 106 a 93, que fechou a série final da liga norte-americana em 4 a 2 para o time da Califórnia.
Considerando que 11 das 30 franquias da NBA nunca foram campeãs, o jejum à primeira vista não parece ser o maior dos sofrimentos, mas o título veio para aliviar um período complicado para a equipe mais famosa da liga, dentro e fora de quadra, além de pontuar um acontecimento histórico.
Nos primórdios da NBA, o Lakers – que à época ainda representava a cidade de Minneapolis – encadeou cinco títulos nas oito primeiras temporadas da liga, abrindo larga vantagem como a franquia mais vencedora até então. Porém, a partir de 1956-57, o Boston Celtics levou 11 dos 13 campeonatos disputados na sequência, seis deles em finais justamente contra o Lakers, que já tinha se mudado para Los Angeles.
Desde então, o topo da pirâmide de triunfos na maior liga de basquete do mundo sempre foi ocupado solitariamente por Boston. Com a vitória em 2020, o Lakers se iguala aos grandes rivais, com 17 conquistas, finalmente alcançando o adversário numa corrida em que esteve em desvantagem por mais de 50 anos.
O título também colocou fim ao período mais conturbado da história de uma franquia pouco acostumada a passar perrengue. Em 2010, numa série emblemática contra o Celtics, vencida por 4 a 3, o Lakers conquistava seu 16º título – o segundo seguido – e parecia em ótima posição para igualar a briga em pouco tempo. Só que o destino se escreveu de outra maneira: a equipe não retornou mais às finais e, entre 2014 e 2019, sequer se classificou aos playoffs.
Para uma franquia que deixou de ir ao mata-mata apenas cinco vezes nos primeiros 64 anos de existência, ficar seis anos consecutivos sem conseguir isso representou um insucesso ainda mais incômodo do que o normal. Para ilustrar quão fundo a equipe tinha chegado, desde a vitória nas Finais de 2010 até esta temporada, o momento mais memorável da franquia foi o jogo de despedida de Kobe Bryant, em 2016.
Uma performance incrível de 60 pontos, carregando a equipe à vitória, mas que não anulou o fato de que o Lakers era um dos piores times da NBA e tinha acabado de finalizar a campanha com mais derrotas em sua história.
Fonte: Agência Brasil
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