Obesidade, risco maior para pacientes com Covid-19
A obesidade aumenta o risco de morrer de Covid-19 em quase 50% e pode tornar as vacinas contra a doença menos eficazes, de acordo com um estudo abrangente usando dados globais.
As últimas pesquisas apontam para resultados que são “assustadores”, mostram que os riscos para as pessoas com obesidade são maiores do que se pensava.
O estudo – um esforço colaborativo entre a Universidade da Carolina do Norte (UNC), o Conselho de Saúde da Saudita e o Banco Mundial – aumentará a pressão sobre os governos para combater a obesidade, inclusive no Reino Unido, onde Boris Johnson se colocou à frente de um esforço para reduzir o peso da nação.
Ele surgiu antes de um relatório do Institute for Public Policy Research, que conclama o governo a ir além de suas iniciativas recentes, que incluem restrições à publicidade de junk food e ofertas de supermercados.
O thinktank diz que um salto gigante, semelhante ao progresso no saneamento na época vitoriana, é necessário para reduzir os níveis de obesidade que encurtam vidas, causando problemas cardíacos, derrames, diabetes tipo 2 e câncer, e impõe um custo enorme ao sistema de saúde.
O governo britânico deseja empregar uma combinação de impostos e subsídios e propõe um novo imposto sobre alimentos não essenciais de 8%. Sobre alimentos não saudáveis que excedam uma determinada densidade energética ou contagem de calorias. Esses impostos funcionaram no México e na Hungria, onde as pessoas estão comendo menos desses alimentos e os fabricantes estão reformulando seus produtos para serem mais saudáveis.
O primeiro-ministro Inglês Boris Johnson criticou no ano passado os “impostos sobre o pecado”, como o imposto sobre as bebidas açucaradas do Reino Unido, mas sua passagem pela terapia intensiva com a Covid-19, que ele atribui ao seu peso, o convenceu de que medidas duras são necessárias para reduzir os níveis de obesidade.
