OS PRINCIPAIS EXAMES DE PROFICIÊNCIA
OS PRINCIPAIS EXAMES DE PROFICIÊNCIA
Aqui na FYI, no passado, quando iniciávamos uma consultoria com estudantes e pais, nós perguntávamos ao candidato se tinha conhecimento de algum idioma e se era um conhecimento básico, intermediário ou avançado e boa parte dos candidatos respondia “intermediário”.
Diante disso decidimos mudar a forma de perguntar e passamos a fazer assim: “_ se você tivesse que dar uma nota para o seu conhecimento no idioma, entre 0 e 10, considerando que 0 (zero) você não sabe nada e 10 que você sabe muito, que nota você se daria?”
Foi então que começamos a receber respostas mais coerentes com o resultado dos testes que aplicávamos os testes pré-embarque.
Mas isto serve apenas para iniciarmos uma avaliação ou uma conversa, para indicarmos este ou aquele destino, este ou aquele programa.
No entanto, para processos seletivos no exterior, sejam eles educacionais ou profissionais, essa métrica subjetiva dá lugar a um parâmetro internacional medido pelo CEFR – Common European Framework of Reference for Languages, ou Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas utilizado para descrever habilidades linguísticas (proficiência) em um idioma.
Ele descreve de maneira objetiva o que cada indivíduo deve ser capaz de realizar de acordo com o grau de conhecimento e confere condições de igualdade para qualquer um, independente do seu local de origem.
De acordo com o CEFR, existem seis níveis diferentes de domínio do inglês: A1, A2, B1, B2, C1 e C2.
Eu sei, esses referenciais parecem uma sopa de letrinhas, mas esta sopa de letrinhas é uma forma padronizada de qualquer organização no mundo saber o nível de conhecimento do idioma de uma pessoa, inclusive, os exames TOEFL, IELTS, Cambridge, entre outros que também fazem referência ao CEFR. Na verdade, os exames TOEFL, IELTS e Cambridge tem diferentes metodologias para apresentar resultados, mas todos eles convergem a uma equivalência aos níveis do CEFR. Assim fica muito mais fácil saber em que ponto estamos e quanto falta para atingir nossos objetivos.
O CEFR divide o conhecimento dos alunos em três categorias, cada uma com duas subdivisões:
A — Básico
A1 ou Iniciante
É capaz de compreender e usar expressões familiares e cotidianas, assim como enunciados muito simples, que visam satisfazer necessidades concretas. Pode apresentar-se e apresentar outros e é capaz de fazer perguntas e dar respostas sobre aspectos pessoais como, por exemplo, o local onde vive, as pessoas que conhece e as coisas que tem. Pode comunicar de modo simples, se o interlocutor falar lenta e distintamente e se mostrar cooperante.
A2 ou Básico
É capaz de compreender frases isoladas e expressões frequentes relacionadas com áreas de prioridade imediata (p. ex.: informações pessoais e familiares simples, compras, meio circundante). É capaz de comunicar em tarefas simples e em rotinas que exigem apenas uma troca de informação simples e direta sobre assuntos que lhe são familiares e habituais. Pode descrever de modo simples a sua formação, o meio circundante e, ainda, referir assuntos relacionados com necessidades imediatas.
B — Independente
B1 ou Intermediário
É capaz de compreender as questões principais, quando é usada uma linguagem clara e estandardizada e os assuntos lhe são familiares (temas abordados no trabalho, na escola e nos momentos de lazer, etc.). É capaz de lidar com a maioria das situações encontradas na região onde se fala a língua-alvo. É capaz de produzir um discurso simples e coerente sobre assuntos que lhe são familiares ou de interesse pessoal. Pode descrever experiências e eventos, sonhos, esperanças e ambições, bem como expor brevemente razões e justificações para uma opinião ou um projeto.
B2 ou Usuário Independente
É capaz de compreender as ideias principais em textos complexos sobre assuntos concretos e abstratos, incluindo discussões técnicas na sua área de especialidade. É capaz de comunicar com certo grau de espontaneidade com falantes nativos, sem que haja tensão de parte a parte. É capaz de exprimir-se de modo claro e pormenorizado sobre uma grande variedade de temas e explicar um ponto de vista sobre um tema da atualidade, expondo as vantagens e os inconvenientes de várias possibilidades.
C — Proficiente
C1 ou Proficiência operativa eficaz
É capaz de compreender um vasto número de textos longos e exigentes, reconhecendo os seus significados implícitos. É capaz de se exprimir de forma fluente e espontânea sem precisar procurar muito as palavras. É capaz de usar a língua de modo flexível e eficaz para fins sociais, acadêmicos e profissionais. Pode exprimir-se sobre temas complexos, de forma clara e bem estruturada, manifestando o domínio de mecanismos de organização, de articulação e de coesão do discurso.
C2 ou Domínio Pleno
É capaz de compreender, sem esforço, praticamente tudo o que ouve ou lê. É capaz de resumir as informações recolhidas em diversas fontes orais e escritas, reconstruindo argumentos e fatos de um modo coerente. É capaz de se exprimir espontaneamente, de modo fluente e com exatidão, sendo capaz de distinguir finas variações de significado em situações complexas.
Como já sabemos, muitas vezes não basta ter o idioma na ponta da língua, é preciso comprovar o domínio da norma culta. Para isso existem no mercado diversas certificações como falamos há pouco (TOEFL, IELTIS, TOEIC, DELF…) e cada instituição – universidades estrangeiras, instituições governamentais, escolas de negócios e até mesmo empresas – decide qual ou quais aceita em seus processos seletivos ou de admissão.
Se você não tem nenhuma familiaridade com CEFR e não sabe qual é seu nível e/ou ainda não tem certeza para qual exame deveria aplicar, a dica é escolher como ponto de partida, um teste mais específico ou um teste multinível, como o Linguaskill, por exemplo.
Desta forma, é possível chegar ter uma ideia de do seu domínio do idioma e implementar melhorias relacionadas aos pontos ainda pouco desenvolvidos, desta forma o plano de estudos fica mais eficiente para alcançar um objetivo ou o nível desejado do idioma.
Alguns dos exames mais conhecidos são:
TOEFL – Test of English as a Foreigner Language – https://www.ets.org/pt/toefl/
É o principal certificado, o mais requisitado. Com validade por dois anos, o TOEFL avalia o domínio de inglês do candidato, dentro de um ambiente acadêmico e é aceito em grande parte das universidades dos Estados Unidos e muitas da Europa, mediante uma nota mínima estabelecida.
TOEIC – Test of English for International Communication – http://www.toeicbrasil.com.br/
É um certificado mais prático voltado para área corporativa. A base da avaliação são situações reais de trabalho – reuniões, viagens e ligações telefônicas, por exemplo – e a nota não tem validade definida
CAMBRIDGE – First Certificate in English (FCE), Certificate in Advanced English (CAE) e Certificate of Proficiency in English (CPE) – https://www.cambridgeenglish.org/exams-and-tests/
Muito comum ser exigido para quem deseja lecionar em inglês ou pleiteia uma bolsa de estudo internacional, além, é claro, de aparecer como requisito em universidades ao redor do mundo e, sobretudo, do Reino Unido. A validade é permanente são cinco níveis de certificado: básico (KET), intermediário (PET), intermediário superior (FCE), avançado (CAE) e proficiência (CPE).
IELTS – International English Language Testing System – https://www.ielts.org/
O IELTS surge como requisito acadêmico, corporativo e pode ser aceito para fins de imigração. De acordo com Marianthi, é reconhecido principalmente, por universidades no Reino Unido, Austrália, Canadá e Nova Zelândia. Inclui redação, interpretação de texto, compreensão auditiva e expressão oral. Mais informações: no
GMAT – Graduate Management Admission Test; – https://www.mba.com/
É uma prova de admissão exigida pela maior parte das escolas de negócios nos Estados Unidos e Europa. O exame vai além do simples domínio do inglês: mede as habilidades matemáticas, de análise de dados, verbais e de leitura e escrita analítica dos candidatos a MBA e a cursos de pós-graduação. O GMAT busca medir o que costuma se chamar de inteligência mental, ou seja, a habilidade de tomar decisões sob pressão de tempo.
DELE – Diploma de Español como Lengua Extranjera – https://examenes.cervantes.es/es/dele/que-es
Os diplomas são concedidos também dentro da classificação de A1 a C2 no CEFR e são oficiais, outorgados pelo Instituto Cervantes, em nome do Ministério de Educação, Cultura e Esporte da Espanha.
São reconhecidos em diversas universidades e empresas no mundo, com validade indefinida, certificando o nível do conhecimento adquirido em espanhol para fins profissionais e culturais.
DELF – Diplôme d’études en langue française – https://www.aliancafrancesa.com.br/certificacoes/delf-dalf/
É concedido pelo Ministério da Educação da França, e prova o conhecimento oral e escrito do candidato em situações de viagem, estudos e trabalho. É útil para estudos e trabalho na França porque é reconhecido por instituições de ensino e empresas. É indicado e prova domínio nos níveis de A1 a B2 na classificação CEFR.
DALF – Diploma Approfondi de Langue Française – https://www.aliancafrancesa.com.br/certificacoes/delf-dalf/
Também concedido pelo Ministério de Educação da França, é o primeiro diploma de nível superior de francês para estrangeiros. É um requisito para ingressar em curso superior na França ou nos países de língua francesa. Prova domínio nos níveis C1 e C2, dentro da classificação CEFR.
Goethe-Zertifikat – https://www.goethe.de/ins/br/pt/sta/sap/prf.html
Também oferecido nas classificações do Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas, o certificado é reconhecido por empresas e instituições de ensino como comprovante de qualificação.
Test DAF – Test Deutsch als Fremdsprache – https://www.goethe.de/de/spr.html
O DAF é voltado para alunos avançados, de nível B2 a C1 e é requisito para acesso a universidades alemãs, ingresso em projetos científicos e profissões acadêmicas.
Existem cursos preparatórios específicos para cada um dos exames acima, os programas são sob medida para este propósito, podem ser combinados com o ensino do idioma ou inteiramente dedicados à preparação para o exame escolhido.
E qual preparatório escolher? Qual teste fazer? Qual é o seu objetivo: ser admitido em universidade estrangeira, escola internacional, candidatar-se a uma vaga em empresa internacional ou apenas para dar uma incrementada no currículo?
E para saber qual é o exame ideal para o seu caso, o consultor de intercâmbios é a ajuda ideal. De acordo com os seus objetivos e necessidades, este profissional poderá orienta-lo para o melhor exame de acordo com seus objetivos e necessidades além de indicar o melhor curso preparatório no seu caminho para um futuro brilhante.
Texto: Perpétua Devite
Diretora da FYI Intercâmbio